A humanidade vive um dos momentos mais interessantes de toda sua história. Ao mesmo tempo em que assiste a uma total falência de valores e de crenças religiosas, é forçada, conduzida pela ciência, a descortinar possibilidades infinitas através das fronteiras do desconhecido. Perplexa paira no limiar do inusitado. Assiste ao renascimento do pensamento filosófico onde o ontem atualizar-se em conceitos científicos avançados numa compreensão toda própria. Mesmo assim, milhares de pessoas continuam a engrossar as intermináveis fileiras do fanatismo.
Ao longo da história observamos o homem degladiando-se consigo próprio numa procura insana pelo poder e pela imortalidade. No poder quer encontrar o domínio de seu destino e, assim, eternizar-se.
Os cientistas, em suas pesquisas, lançam-se rumo às fronteiras do sistema solar, atrevendo-se a decodificar o DNA e, assim, modificar sua história material, com a pretensão de tornarem-se senhores absolutos da vida. Porém continuam, a saber, muito pouco de sua Mente e de sua real Essência.
O homem é um complexo fabuloso, cuja beleza o coloca, neste momento da história, como centro do universo. Ele é a grande incógnita. O maior de todos os desafios. Um grande desconhecido de si mesmo. Apesar de ter sido o centro de todo pensamento filosófico da Antigüidade e objeto de estudo das ciências mais avançadas, o homem continua carente de objetividade na busca por si mesmo.
Ele vive num quase total desconhecimento de sua natureza. Passa pela vida a realizar conquistas num âmbito meramente exterior. Aprende comportamentos sociais, religiosos, filosóficos e culturais sem que eles sejam verdadeiros com sua essência. Isso significa que vive para fora, para o outro, buscando a aprovação e o reconhecimento exterior, ou seja, dentro do mundo em que vive. Por isso vive só e insatisfeito, mesmo convivendo com um grande número de pessoas.
A educação recebida é externa e nunca interna. Aprende-se a respeitar, a obedecer, a ouvir, reprimir-se em situações de fúria, racionalizar sempre, pensar antes de agir, dominar os instintos através do uso da razão, etc. Mas não há, no entanto, uma educação que permite tornar íntegro o seu comportamento exterior com a sua realidade interior. Não é ensinado o que fazer com os pensamentos e os sentimentos deste tão complexo universo psíquico. A educação recebida não responde a isso, mesmo que a atitude seja incoerente com o sentir.
O desconhecimento quase que absoluto que o homem tem de si mesmo, de sua natureza e necessidades é o grande causador de todo seu sofrimento. Viver a relação consigo próprio é tão ou mais difícil do que vivê-la com os outros. Como se relacionar bem consigo mesmo se ele nada sabe acerca de si? Como é possível querer compreender o outro quando não existe a menor possibilidade de se autocompreender? O homem é quase sempre traído por seu corpo e por seus desejos, escravizado por seus pensamentos que tagarelam incansáveis, atordoando-o com inúmeras possibilidades reais ou imaginárias, que mais confundem do que elucidam. Falta-lhe maturação emocional, organização mental e uma atitude honesta em seus relacionamentos.
Hoje, mais do que nunca, há uma necessidade premente de se buscar um caminho que leve cada um a encontrar a si mesmo, através de um conhecimento profundo de sua natureza. Nunca, em tempo algum, o homem esteve tão próximo de sua verdade e, ao mesmo tempo, tão longe de si mesmo.
Gradativamente o homem se conscientiza de que lhe falta alguma coisa muito importante, mesmo que não saiba o que seja. Poderá parecer antagônico uma pessoa conviver consigo mesma a vida inteira e não saber quem realmente é, qual o objetivo último a ser alcançado e o mais grave, qual a sua origem e paternidade cósmica.
O homem não é somente a Personalidade que expressa. Ele é um universo de possibilidades a ser desvendado e desenvolvido. O homem é um ser em expansão criadora, assim como o universo, portanto não está pronto. É alguém a ser acabado.
Estamos na Era de Aquário, era da liberdade sob a regência do Mestre Saint German e o grande desafio para o homem é Conhecer-se a Si Mesmo, difundido nos últimos 2.000 anos durante a Era de Peixes regida pelo Mestre Jesus Cristo, para transcender seus limites a Caminho da Maestria e Ascensão através da liberdade, autoconhecimento, consciência plena e responsabilidade para assim:
SÊ O QUE ÉS.
Compilado por Carlos Aníbal, Terapeuta do Instituto Luz